É preciso interagir com os sentimentos para que velhos erros não se repitam...
Beijokkas,
Mí
"Envolvente, abrangente, cega, exclusivista, instintiva, a paixão é livre em sua pulsão e prisioneira em sua obsessão. Intermitente, surge com força total e desaparece por encanto em acessos repentinos e repetidos. A paixão trafega do amor ao denegrimento como nenhum outro sentimento, como nenhum outro sofrimento. Paixão é o reverso da sublimação. Analogamente ao auto-erotismo, em que apenas conta o próprio prazer e prescinde de qualquer outro objeto, a paixão, embora necessite de alguém para ser o depósito do sentimento, só leva em consideração a própria pessoa apaixonada. É um motocontínuo que se auto-alimenta, se auto-destrói, se auto-determina. Levado a um grau de intensidade que se sobrepõe à lucidez e à razão, a paixão é um amor compulsivo e obsessivo, que cáustico, queima como ácido e, abrasador, aquece como fogo.
Sylvain Levy
(psicanalista)
Um comentário:
realmente... cáustico é a palavra da vez!
beijo
Beta
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