25 de abr. de 2010

Vou te levar comigo pra longe





Minha Liberdade Absoluta é poder ser INTEIRA...
na minha solteirice, na minha fidelidade, em meu estar só sem estar sozinha ou vice-versa...


Minha Liberdade Absoluta é poder discordar sem comedimentos (exceto os que firam meu interlocutor, porque a gente sempre sabe o que fere o outro...), é poder mudar de idéia sem pedir licença a ninguém e poder ter princípios e valores que rasgam o tempo e perduram....


Minha Liberdade Absoluta é não abrir mão de acreditar na vida, nas pessoas. É não precisar pedir desculpas por ser como sou. é não precisar me onerar para ser aceita como sou. É não pedir licença para existir!!!


Minha Liberdade Absoluta é ter trilha sonora romântica, é não ter lido ou conhecer autores com nomes complicados, é poder dizer "quem é ele?" ou "me explique melhor isso, quero entender mais..."


Minha Liberdade Absoluta é não beijar bocas que não desejo, é desejar bocas que possam me acompanhar, sem medir o tempo. É mudar de opinião amanhã, é ter TPM irritante, é ser comedida, tolerante, ambígua.


Minha Liberdade Absoluta.... ah, essa muda todo dia... e é só minha!!!


LUYA MACHADO
(21/10/2007)

Respeite a os direitos autorais citando a fonte!
Lembrem-se, pirataria intelectual é crime!

Mulher madura

Mulher Madura
(eis a crônica completa.)


O rosto da mulher madura entrou na moldura dos meus olhos. De repente, a surpreendo num banco; olhando de soslaio, aguardando sua vez no balcão. Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs. Vezes outras a antevejo no espelho de uma joalheria.

A mulher madura, com seu rosto denso e esculpido como o de uma atriz, tem qualquer coisa de Melina Mercouri ou de Anouke Aimé.

Há uma serenidade nos seus gestos, longe dos desperdícios da adolescência, quando se esbanjam pernas, braços e bocas ruidosamente. A adolescente não sabe ainda os limites de seu corpo e vai florescendo estabanada. É como um nadador principiante, faz muito barulho, joga muita água para os lados. Enfim, desborda.

A mulher madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe. O silêncio em torno de seus gestos tem algo de repouso de garça sobre o lago. Seu olhar sobre os objetos não é de gula ou de concupisciência. Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. Sabem a distância entre seu corpo e o mundo.

A mulher madura é assim: tem algo de orquídea que brota de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.

A adolescente, com o brilho de seus cabelos, com essa irradiação que vem dos dentes e dos olhos, nos extasia. Mas a mulher madura tem um som de adágio em suas formas. E até no gozo ela soa com a profundidade de um violoncelo e a sutileza de um oboé sobre a campina do leito.

A boca da mulher madura tem uma indizível sabedoria. Ela chorou na madrugada e abriu-se em opaco espanto. Ela conheceu a traição e ela mesma saiu sozinha para se deixar invadir pela dimensão de outros corpos. Por isto as suas mãos são líricas no drama e repõem no seu corpo um aprendizado da macia paina de Setembro a Abril.

O corpo da mulher madura é um corpo que já tem história. Inscrições se fizeram em sua superfície. Seu corpo não é como na adolescência uma pura e agreste possibilidade. Ela conhece seus mecanismos, apalpa suas mensagens, decodifica as ameaças numa intimidade respeitosa.

Sei que falo de uma certa mulher madura localizada numa classe social e os mais politizados têm que ter condescendência e me entender. A maturidade também vem à mulher pobre, mas vem com tal violência que o verde se perverte, e sobre os casebres e corpos tudo se reveste de uma marrom tristeza.

Na verdade, talvez a mulher madura não se saiba assim ante seu olho interior.

Maturidade é essa coisa dupla: um jogo de espelhos revelador. Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, de um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo.

A mulher madura está pronta para algo definitivo. Merece, por exemplo, sentar-se naquela Praça de Siena à tarde, acompanhando com o complacente olhar o vôo das andorinhas e as crianças a brincar.

A mulher madura descolou-se da superfície das coisas. Merece profundidade.

A mulher madura é um ser luminoso às 4 horas da tarde, o dia. Pena que seu marido não note, perdido que está nos escritórios e mesquinhas ações nos múltiplos mercados de gestos. Ele não sabe, mas deveria voltar para casa tão maduro quanto Yves Montand e Paul Newman, quando nos seus filmes.

Não sabem o que perderam em não esperá-la madurar. Ali está uma mulher madura, mais que nunca pronta para quem a souber amar.

(Affonso Romano de SantAna)

21 de abr. de 2010

Quando a gente ama, simplesmente ama






TRAVESSURAS




Eu insisto em cantar
Diferente do que ouvi

Seja como for
recomeçar

Nada há, mas há de vir
Me disseram que sonhar
Era ingênuo, e daí?

Nossa geração não quer sonhar

Pois que sonhe, a que há de vir

Eu preciso é te provar

que ainda sou o mesmo menino (a mesma menina)

Que não dorme a planejar travessuras

E fez do som da tua risada um hino.

1 de abr. de 2010

Quando A Gente Ama
Oswaldo Montenegro
Composição: Marcelo Barbosa Barreti / Nil Bernardes / Fábio Caetano



Quem vai dizer ao coração,
Que a paixão não é loucura
Mesmo que pareça
Insano acreditar

Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar

Meu amor,a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar

Quando a gente ama,
Simplesmente ama
É impossível explicar
Quando a gente ama
Simplesmente ama!




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